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Revitalização do Centro do Rio avança em frentes estruturais, patrimoniais e regulatórias, aponta reunião da ACRJ

  • Foto do escritor: Matheus Miranda
    Matheus Miranda
  • há 6 dias
  • 3 min de leitura

O Conselho Empresarial da Renovação do Centro do Rio, da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), realizou a última reunião de 2025 com foco nos avanços recentes e nos desafios que ainda marcam a recuperação da região central da cidade. Conduzido pelo presidente do Conselho, Carlos Roberto Osório, o encontro contou com a participação virtual do vice-presidente dos Conselhos Empresariais, Juedir Teixeira, e incluiu a análise de um documento com propostas de melhorias para diferentes áreas do Centro, a ser validado por parceiros e lançado em 2026.

Entre as novidades apresentadas, o vice-presidente do Conselho, Cláudio André Castro, destacou a aprovação de uma lei que autoriza a Prefeitura a intervir em imóveis privados para mitigar riscos estruturais e melhorar a paisagem urbana. Segundo ele, a medida amplia a capacidade de resposta do poder público diante de cenários de depredação, deterioração e pichações.

Centro do Rio: áreas tombadas

Outro ponto sensível discutido foi o uso de áreas tombadas para grandes eventos sem a devida autorização do Iphan — prática recorrente durante o Carnaval e registrada novamente no último fim de semana. Diante disso, Osório sugeriu que a ACRJ cobre formalmente da Prefeitura o cumprimento das normas de preservação antes do período carnavalesco e solicitou que Cláudio André prepare um ofício sobre o tema, mencionando riscos à ordem pública, ao patrimônio histórico e à atividade comercial.

Cláudio André também apresentou dois avanços recentes: uma solução operacional pactuada com a Comlurb para a limpeza e remoção de pichações em imóveis tombados na região da Praça XV — com fornecimento de materiais pelos comerciantes — e o início de estudos pela Águas do Rio para corrigir cobranças mínimas excessivas em prédios vazios, parcialmente ocupados ou convertidos para uso residencial.

O projeto Reviver Centro, elogiado por sua contribuição à ocupação de lojas desativadas, foi outro tema relevante. Para Cláudio André, a revisão proposta pela Prefeitura pode ter efeitos adversos em algumas áreas, pois parte dos ocupantes atuais não deve permanecer após o término dos incentivos. Ainda assim, ele vê potencial de aprimoramento, com ajustes em exigências documentais e ampliação do alcance para regiões como a Praça Tiradentes.

A pauta imobiliária incluiu atualizações sobre os primeiros leilões de áreas da antiga rodoviária, que contarão com subsídios para atrair investidores. A Prefeitura também prepara novas licitações envolvendo imóveis desapropriados na Praça XV e analisa intervenções na Rua do Lavradio. Há ainda desapropriações próximas ao Gabinete Português de Leitura, que devem integrar etapas futuras da revitalização.

Apesar dos avanços, Cláudio André chamou atenção para o estado crítico de imóveis históricos, marcado por episódios recentes de desabamento, e reforçou a necessidade de políticas permanentes de preservação. Ele avaliou, porém, que há “um movimento contínuo de avanços, com maior engajamento público e privado na revitalização do Centro”.

A reativação do espaço de visitação do Outeiro da Glória também entrou em debate. Osório informou que a ACRJ pretende incluir o projeto na Lei Rouanet no início de 2026, ressaltando a urgência de ações de conservação em igrejas do Centro que enfrentam dificuldades de manutenção. Conselheiros sugeriram a integração de estudantes como monitores nas visitas, ampliando estratégias de valorização do patrimônio religioso das Irmandades, com potencial cultural e econômico.

O Conselho voltará a se reunir em 15 de janeiro de 2026, quando o secretário municipal de Ordem Pública, Marcus Belchior, será o convidado para discutir novas medidas voltadas à requalificação da região central.

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